Para escrever « O Dia dos Prodígios », Lídia Jorge foi beber ao passado comum das mulheres mediterrânicas e desta extremidade do mundo ocidental que é a sua terra. Para traduzir os ritos, os gestos, os gritos e a ternura, ela encontrou o tom e as formas das litanias que, particularmente no Sul de Portugal, são a expressão, comum e muito antiga, tanto da vida como da esperança. Daí estas frases que se sucedem como num canto.