Agustina Bessa-Luís Um romance de Agustina junta contrários efeitos que se consumam no fenómeno da escrita. É uma prova de boa prosa, de sentimento local e de experiência universal. Portanto, um documento. Ler Agustina é sempre privar com o mistério da pessoa. Não podemos, como ela diz, chegar à essência do negativo, que é o mal, sem passar pela acusação do mistério. De todos os modos, os livros de Agustina são a conformação da negação. Remetem-se à liberdade humana como necessidade de mudar o mundo, nem que seja mudando a sua rota e procurar-lhe outro sistema solar. É a vinculação a alguma coisa que corresponde ao aprofundar do conceito da responsabilidade, que é mais do que o conceito do amor que sempre se acentua como relação de pessoas, indiferentes à magnitude do ser.