«Um conjunto de crónicas de José Saramago, publicadas pela primeira vez no vespertino A Capital (1969) e no mítico Jornal do Fundão (1971-1972). Uma escrita fluida para falar de foguetes e lágrimas ou de o melhor amigo do homem. E de quando morri virado ao mar. Para nos contar o seu gosto pelos museus e as pedras velhas. Para nos dizer que não há nada mais vivo do que a aguarela de Albrecht Durer. Para responder que: Se alguém me perguntar o que é o tempo, declaro logo a minha ignorância: não sei. São mais de 60 crónicas, pequenas histórias sobre temas variados e, na aparência, inocentes, já que a censura vigente não permitia grandes atrevimentos. Ainda que por entre as subtilezas de linguagem se possam encontrar alguma farpas. No domínio da crónica, José Saramago publicou igualmente Deste Mundo e do Outro (1971), e As Opiniões que o DL Teve (1974).» (Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)